segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Contribuições Africanas à Culinária Brasileira




Da África vieram o quiabo, inhame, erva-doce, gengibre, açafrão, gergelim, amendoim africano, melancia e outras variedades de coco e banana. A banana da terra , originária do Brasil e que era necessária ser cozida antes de consumir era pouco apreciada. A banana vinda da África e consumida in-natura como fruta logo se tornou popular era comida pura, com mel de cana ou de abelha, com açúcar mascavo ou com farinha.

Herança dos negros foi o gosto pelo azeite de dendê, já as mulheres portuguesas usavam muito o azeite doce (azeite de oliva) trazido de Portugal.

É muito importante ressaltar que não foram os escravos africanos que trouxeram os produtos alimentícios da África para o Brasil. Na verdade foram os portugueses que o fizeram. Os portugueses tiveram importante participação na “globalização” dos diferentes alimentos entre a Europa, as Índias, a África, as ilhas atlânticas e o Brasil.

O escravo era apresentado aos gêneros brasileiros antes mesmo de deixar a África, recebendo uma ração de feijão, milho, aipim, farinha de mandioca e peixes para a travessia. A base da alimentação escrava não variava de acordo com a função que fosse exercer, quer fosse nos engenhos, nas minas ou na venda. Essa base era a farinha de mandioca. Ela variava mais em função de seu trabalho ser urbano ou rural e de seu proprietário ser rico ou pobre. A alimentação dos escravos nas propriedades ricas incluía canjica, feijão-preto, toucinhocarne-secalaranjas, bananas, farinha de mandioca e o que conseguisse pescar e caçar; nas pobres era de farinha, laranjas e bananas. Nas cidades, a venda de alguns pratos poderia melhorar a alimentação do escravo através dos recursos extras conseguidos. Os temperos usados eram o açafrão, o óleo de dendê e o leite de coco. Este último tem sua origem nas Índias e seria usado na costa leste da África já no século XVI, sendo trazido para o Brasil aonde é utilizado para regar peixes, mariscos, o arroz-de-coco, o cuscuz, o mungunzá e ainda diversos outras iguarias.

Voltaremos ao tema para esclarecer melhor a real influência africana na culinária brasileira.

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